Técnicos da agência acreditam que há sinais de cobrança abusiva nos serviços de banda larga vendidos pelas teles do país. O que não seria nenhuma novidade. Mas vejamos, a diferença de preço chega a ser de 138% entre a capital e interior, sem falar na diferença do mesmo serviço entre estados. Mesmo que a diferença esteja nas promoções e custos não há justificativa para tanto. Comparando Fortaleza com o Rio de Janeiro, nós pagamos muito mais caro que os cariocas, utilizando a “mesma promoção”, ou seja, pacotes similares.
A diferença de preços de pacotes de internet entre Estados, e até cidades vizinhas atendidas pela mesma operadora, está forçando a ANATEL a interferir no setor.
De acordo com as regras desse mercado a agência nada poderia fazer nada para controlar o preço porque o acesso a internet é um serviço privado. Mas existe uma exceção, caso sejam comprovadas abusos das prestadoras. É exatamente isso que técnicos da agência acreditam que ocorra no momento. E nós, usuários, esperamos que sim! E o quanto antes!
Em 2008 já se recomendava o interferência da agência. Essa orientação partiu da Deputada Federal Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) que em setembro reclamou a agencia que o preço do pacote de 1mbps do Velox, produto de acesso à internet custava quase 1000% a mais no Amazonas do que no Rio de Janeiro, no Rio o mesmo pacote em agosto de 2008 custava 34,90.
A Secretaria de Direitos Econômicos SDE investiga essas distorções desde novembro de 2009 e no dia 25 de março de 2009 publicou sua decisão no Diário Oficial da União. "Não processará a Oi e a Telefônica, porque considerou que as distorções se devem a um problema regulatório.
As Teles dizem que serviço no país é livre. Oi e a Telefônica afirmam que a venda de acesso a internet não podem sofrer interferência da Anatel porque é um serviço privado sujeito liberdade tarifaria e que para levar internet em banda larga às cidades mais distantes devem fazer investimentos na rede para garantirem a alta velocidade. Esses investimentos são maiores em lugares mais distantes.
Não podemos continuar cárceres do sistema privado que comanda o acesso a banda larga, e devemos ser sim, protegidos e resgatados pela ANATEL.